sábado, 4 de setembro de 2010

Ser feliz, apesar de.

Que as juras de amor têm prazo de validade, isso todo mundo já sabe. Elas são válidas enquanto durar o estoque de amor no coração do que promete (e esse estoque pode até durar por uma vida inteira). Mas e a felicidade? Porque o que se vê são crianças cada dia mais serelepes e adultos cada dia mais infelizes. Crise dos 30, dos 40, dos 50,... Até que chega uma fase em que ânimo para ter  crises se tem.

Há que se ter sabedoria para entender que a velhice - que nem sempre é sinônimo de maturidade - pode sim nos trazer dádivas preciosíssimas. É verdade que, com o tempo, perdemos saúde, beleza (dentro do status quo), nos desiludimos, nos frustramos, percebemos que podemos esperar QUALQUER coisa um ser humano. Às vezes é deserperador perder o direito às certezas. Às vezes as certezas que temos são mais desesperadoras ainda.

Mas, diante do desânimo de existir, há que se encontrar motivação que nos faça viver FELIZES. Sejam nossos valores, nossos sonhos ou nossos queridos: é necessário encontrar pontos de equilíbrio que nos impulsione, não só a viver, mas a viver bem.

Por que não lembrarmos da capacidade que temos de desenvolver a nossa espiritualidade? Pode-se fazer um trabalho voluntário, aproveitar cinemas ou partidas de futebol numa tarde de domingo, aprender um novo idioma, viajar. Só não se pode viver por viver, não faz sentido.

Que o prazo de validade da nossa felicidade seja enquanto durar o nosso estoque devida. (Amém).


Obs.: Ontem entrevistei uma senhora de 66 anos que me garantiu que era feliz. Era uma matéria sobre analfabetismo e ela estava a prendendo a ler e a escrever. Quando eu crescer, quero ser igual ela.

2 comentários:

  1. Bianca, lembrei agora da música belíssima de Milton Nascimento "VIDA", que fala de pessoas simples que vivem no interior com poucas coisas, mas que são felizes e sabem o que é amizade e amor.
    gostei do texto.
    bjs

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