Há muito calado
Dormia o vulcão
No abismo sagrado
da Terra-Pião
Até que um rompante
De vida exultante
De morte voraz
Quebrou o sossego
De um doce aconchego
Na terra vivaz
Vulcão é surpresa
Comida na mesa
A lava veloz
Do nó desatado
Desastre marcado
É ruína e algoz
Da lava viscosa
Vibrante, brilhosa:
Petrificação
Dos olhos mimosos
Dos risos jocosos
A estagnação
A terra sou eu
O abismo é meu peito
A lava, a paixão
Do amor ressentido
Contido, banido
Que entrou desmedido
Em erupção
Nenhum comentário:
Postar um comentário