sábado, 19 de dezembro de 2009

O vulcão



Há muito calado
Dormia o vulcão
No abismo sagrado
da Terra-Pião

Até que um rompante
De vida exultante
De morte voraz
Quebrou o sossego
De um doce aconchego
Na terra vivaz

Vulcão é surpresa
Comida na mesa
A lava veloz
Do nó desatado
Desastre marcado
É ruína e algoz

Da lava viscosa
Vibrante, brilhosa:
Petrificação

Dos olhos mimosos
Dos risos jocosos
A estagnação

A terra sou eu
O abismo é meu peito
A lava, a paixão

Do amor ressentido
Contido, banido
Que entrou desmedido
Em erupção

Nenhum comentário:

Postar um comentário