Uma breve introdução à rotina da carreira do jornalista
Charge feita pelo ilustríssimo Waldez
Pele clara, cabelos escuros, altura mediana e um semblante de quem não tem nenhum problema na vida. Essas foram as primeiras impressões que tive ao observar o jornalista Dilson Pimentel pela primeira vez. O sorriso fácil e a aparência tranquila, no entanto, não revelam nem de longe a rotina deste profissional. Conhecido como “Delegado” por seus colegas de trabalho, ele é repórter da editoria de polícia do jornal O Liberal, além de assessor de uma de uma das Secretarias Municipais mais requisitadas pelos jornalistas: A Sesan, responsável pela área de saneamento público da cidade.
Dilson trabalha como repórter desde janeiro de 1990. Nos cinco primeiros anos de carreira, ele escreveu para os cadernos de notícias cotidianas, esportes, política e educação. Desde 1995, porém, está setorizado no caderno de polícia. Quando perguntei se ele gostava de trabalhar na editoria, ele respondeu resignado: “Eu me adaptei”. Como? Para não cair na rotina, ele contou que procura se aprofundar nos assuntos que cobre e tentar descobrir o que levou a pessoa a cometer o crime. “Muito do que apuro não é publicado, mas pergunto para conhecer mesmo”, alegou.
Diante de uma rotina tão pesada de trabalho, o “Delegado” tem um segredo para manter o bom humor: não levar o que apura para casa. Dilson sai de seu apartamento todos os dias às 7h da manhã, leva a filha ao cursinho e segue para a Sesan. Ele almoça às 13h, começa o seu expediente no jornal O Liberal às 14h e (Ufa!) volta para casa por volta das 21h. Embora reconheça que mudou sua rotina depois que começou a trabalhar na editoria – não anda com os vidros do carro abertos, procura não ficar parado em semáforos, segue as dicas de segurança dos policiais –, ele não se adéqua ao estereótipo de quem trabalha há 16 anos numa editoria de polícia, nem perde e o ar gentil.
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